24 tons de pinto
Joaquim é um padeiro tímido que gosta de balé e baguete. Sua
vida sofre uma reviravolta quando conhece o Sr. João Travolta, que sempre come ele
na padaria. O padeiro descobre no jovem estelionatário empresário um
homem atraente, parecido com John Mayer, rico e com bom gosto pela moda, sempre
de rosa. A cada pedido de João por um pão na chapa e café com leite deixava
Joaquim com coração pulsando na sua garganta, quando na verdade ele gostaria de
outra coisa goela abaixo, mas ele era tímido demais para se declarar. Incapaz
de resistir ao cheiro de rosca queimada charme tímido, aos braços
musculosos e ao bigodinho do padeiro, João Travolta admite que também o deseja,
mas ao seu modo. Aos poucos, Joaquim descobre que por trás do comportado empresário
de sucesso, existe um outro homem ser atormentado pela indústria canibal
da moda bondage. Uma linda história homoafetiva sensual de paixão, kama-sutra, chicotes e posição
sexual que inclui a palavra giratório.
“Alguém sempre se f***” – Alexandre Frota
H.
Surto de fungo
A proliferação do Fungis
maconheirus tem sido muito preocupante nos últimos dias desse mês passado
que vem, pois já são quase dois mil infectados por essa nova espécie de fungo
provinda de algum lugar da China. Cientistas da computação dizem que o
mais provável é que um macaco chinês viciado em cogumelos tenha contaminado uma
plantação de maconha ao enrolar a erva em um pedaço de saco de pão sem
higienizar as mãos após defecar. O fungo atinge os usuários de psicotrópicos
contaminados e se instala na cabeça do maconheiro indivíduo, causando
aumento do couro cabeludo que resulta num penteado rastafári e logo forma o que
os urologistas especialistas chamam de Touca de Nóia. As sequelas são
graves e incluem rigidez na língua, atrofiamento do cérebro, aumento de peso
somente do lado esquerdo do corpo e fobia de banho.
Foto acima mostra um zumbi sobrevivente cuja sequela deixou sua cabeça enorme e usa um trapo para cobri-la.
Não use drogas, coma televisão.
H.
O fim do mundo
Dentre tantos textos que pude ler ao longo da minha existência,
posso afirmar com clareza que o meu é uma merda!
O texto começa com uma barata trepando com um texugo e
formando uma família de ninjas que tentam usurpar o poder do todo poderoso Kid
Bengala. Eles não têm armas, apenas as habilidades providas da dádiva dos
ninjas, vindas de algum lugar do passado. Uma vez que o Superman não pode mais
voar, todos os ninjas começam a caçoar dele. O Homem de Aço fica puto e peida,
causando a destruição de toda a raça ariana da Alemanha nazista. Todos morrem e
renascem como zumbis, vampiros e atendentes de telemarketing. Um entra em
conflito com outro, vem a dona aranha e sobe pela parede. Vem a chuva forte e a
derruba. A queda da dona aranha é entendida como oferenda ao rei Amigdalignton,
que passa a usar piercing no mamilo. Fim.
Poder aos tatus!
H.
O carnaval
Mais uma vez é carnaval. Uma festa que, no Brasil, começa cedo demais e acaba demasiadamente tarde demais e quando há uma pausa, já começou outra vez. Atrai massas de milhões de seres humanos, que deixam de lado seu senso crítico, moral e cerebral e que percorrem muitos milhares de quilômetros em pleno verão para ouvir música ruim, andar atrás de um caminhão, totalmente bêbadas e ensandecidas, pegam dst não se sabe de quem, tem filho não se sabe de quem, entre outras mazelas inquestionáveis.
As pessoas já entram no clima de festividade quando veem na televisão uma bela mulata seminua e coberta de glitter dançando voluptuosamente dentro da tela mágica. Logo fazem seus planos de viagens, e elaboram suas desculpas para saírem mais cedo do trabalho em plena sexta-feira; em seguida, podemos observar através do trânsito que essas pessoas são previsíveis e que também continuam morrendo em acidentes dentro de seus automóveis, bestialmente conduzidos.
Vemos certo glamour nos camarotes e áreas vips dos desfiles que, entre muitas pessoas famosas também estão pessoas que gastam muito dinheiro para ver o desfile longe do desfile?! Realmente vale a pena ficar em casa.
Diante de tanta folia, alegria, afobação e dst contagiantes, os grandes patrocinadores devem estar, literalmente, sambando de alegria: foram consumidos incontáveis litros de bebida alcoólica cobrados a valores essencialmente exorbitantes, roupas ridículas fizeram sucesso tão ridículo quanto, políticos ganharão apoio nas eleições (afinal, uma mão lava a outra), algumas mulheres injetadas de silicone aparecerão com um pouco menos de roupa em alguma revista de entretenimento masculino. Bem, pelo balanço geral, poderíamos calcular uma excelente movimentação de capital, de norte ao sul do País; capital este que poderia ser investido no desenvolvimento desta amada pátria mas que, infelizmente, se encontra na posse dos donos dessa grande festa privatizada citados anteriormente.
Talvez, e apenas talvez, esteja sendo muito duro com este festival e com os seres que a frequentam. Quiçá valha a pena viver um momento de loucura e repentinamente, fingir que nada aconteceu e voltar à vida robótica de sempre. Os brasileiros merecem um descanso para foliar, afinal, trabalhamos arduamente um ano inteiro para isso.
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